24/08/2018

GEOGRAFIA TRABALHO E TERRITÓRIO


GEOGRAFIA TRABALHO E TERRITÓRIO

 Perci Ricardo Davanço Nardez 

Quando a ciência deixa de ser um objeto do Clero, e por causa de revolução das máquinas se tornaram um trem desgovernado, que o único freio são os caprichos do capitalismo. O acúmulo dessas riquezas não é só pelos nobres, a burguesia tornou-se classe dominadora em virtude do comércio mercantilista e após o século XIII donas da indústria, assim restando às monarquias a renda dos impostos e tributos, com as associações dessa nova classe. 


  O estudo da geografia tradicional, onde tínhamos dois cenários, um a geografia física que se destinava a estudo do quadro natural, e por outro lado a geografia humana,  na qual se preocupava  apenas com os estudo das atividades humana. Ressalto ainda que a geografia física se tornasse ciência, mas rápido e fácil por conseguir fazer “LEIS”, a humana ainda tinha dificuldades para isso, pois havia que utilizar de Leis de outras ciências para se justificar e havia também certo preconceito para se associar com outras ciências.

Neste modo o homem passa a ser visto não como simples elementos mais com agente modelador do território, hora com posseiro das terras hora com comerciante de  mão de obra vendendo seu trabalho. Assim abrindo a divisão social do trabalho tanto na divisão horizontal que são os diversos segmentos da economia e da divisão vertical na qual se determina as classes sociais e grupos de pessoas. 

A parcela técnica oferece a possibilidade nua de fazer e a parcela política atribui valor a esse fazer. Esse é um dado da contradição, em que vamos trabalhar e viver, ou seja, com a parcela técnica não há muito o que tergiversar, pois os seus instrumentos são objetivos, mas a parcela política depende de fatores que não comando e que desafiam meu entendimento lógico, pondo em sobressalto meus sentidos. (Milton Santos) 

 Já na Nova Geografia onde suas justificativas com ciência começa a ter um maior rigor, “considerando a metodologia científica como o paradigma para pesquisa geográfica”, feito isso os geógrafos passa a trabalhar com teorias disponíveis com outras ciências. (econômicas, filosóficas e etc.), passa a utilizar visões sistêmicas, visões matemáticas e a criação de modelos, no quais vemos em instituídos com IBGE, ações governamentais e similares. O autor CHRISTOFOLETTI ressalta que com essas associações não devemos  ver com deficiência da Geografia mas criando uma simetria entre o passado a o futura da ciência.

“A Geografia continua sendo uma ciência, com ebulições variadas em seu âmbito.” CHRISTOFOLETTI Pag. 31.

Com a necessidade da sociedade da época busca o conhecimento de ciências para explicar certos fatos. Passa então o positivismo a dominar o pensamento no século XIX, com duas vertentes, métodos e doutrina. Como método embasado na certeza da ciência rigorosamente em fatos teóricos e como doutrina não só como regras por meios qual a ciências chega mais como saber prever para agir. Já o sistema político e partidário, com esses conceitos passa a ter novos horizontes, baseado no liberalismo onde o homem de o direito de ser livre começa a reavaliar criticar e buscar novos conteúdos, utilizado do experimentalismo. 

Com esse argumento o autor relata a necessidade de busca de territórios, influenciando os expansionismos no qual podemos citar a Alemanha que foi um dos últimos países a se forma no continente europeu em 1871. 

“[...] tudo se desenvolve como se o Estado fosse o único núcleo de poder, como se todo o poder estivesse concentrado nele [...]” (Raffestin, 1993, p. 15).

A partir deste modo da ciência geográfica podemos enxergar como a geografia da conta do processo evolutivo da produção, e se tratando do período da revolução industrial, o significado de posse de terras e de quem não pertenciam a terra a vendo deu seu trabalho. 

A dicotomia do modo de pensar ciência impera até nos dias atuais, com as diversas escolas geográficas, porém tem que salientar que uma pode ser sempre fruto da outro, dependendo da dicotomia do objeto estudo. 

Já em relação à economia a dicotomia implica de duas vertentes, a que possui o território com isso os recursos naturais ou industriais, e a mais fraca que se torna forte com a união que são os operários ora vendendo a sua força bruta ora seu conhecimento acadêmico. 

Ao estudarmos a geografia econômica, nos moldes de nova geografia entramos o mundo das ciências econômicas e temos sempre tomar cuidado com o objeto de estudo que são será o território e entendemos o sistema produtivo não com um método de produção mais sim a forma que o homem atua no território vivido. 



Referências Bibliográficas



CHRISTOFOLETTI, Antonio. PERSPECTIVAS DA GEOGRAFIA, 2º Edição, capítulo 1, As perspectivas dos estudos geográficos.

SILVA, Márcio Rodrigues. PENSAMENTO GEOGRÁFICO E GEOGRAFIA URBANA: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES, 

MIRANDA, Ana Luisa, O USO DO TERRITÓRIO PELOS HOMENS LENTOS: A EXPERIÊNCIA DOS CAMELÔS NO CENTRO DE RIBEIRÃO PRETO.